O Cartão de Natal

O filme de hoje é um ótimo romance natalino chamado O Cartão de Natal (The Christmas Card, 2006), produzido para a televisão americana pelo Hallmark, canal especializado nesse tipo de produção. Uma história leve e muito bacana embalada num clima natalino irresistível.

Faith (Alice Evans) é uma moça que mora numa cidadezinha com seus pais. Ela é muito engajada com causas bastante nobres, sendo uma delas o envio de cartas aos militares que estão servindo no Afeganistão. Uma de suas cartas vai parar com o sargento Cody (John Newton), um homem muito dedicado e correto.

As cartas chegavam por meio de um amigo de Cody, sargento Jonesy, que morava nessa cidadezinha. Após a explosão de uma bomba que mata Jonesy, Cody é enviado para essa cidadezinha para confortar a viúva.

Após um encontro emocionante com a esposa de seu amigo, Cody vai para uma lanchonete onde conhece Faith de uma maneira bastante curiosa. Após se hospedar num hotel, o nobre sargento resolve ir até a missa onde conhece o pai de Faith (o impagável Edward Asner), Luke. Após a missa, um carro quase atropela Luke, porém Cody o salva e acaba sendo chamado pela família para se hospedar na casa deles.

Com o passar do tempo, Faith e Cody vão se envolvendo aos poucos, com o apoio de Luke e Richard (Peter Jason), o tio de Faith. Tudo está maravilhoso até a chegada do namorado ausente de Faith, Paul (Ben Weber) um homem tipicamente urbano, sem aptidão para aquela vida simples que Faith leva.

Com o conflito instalado, Faith terá que decidir se ela fica com o seu namorado que amou por tanto tempo ou com esse militar que parece ter sido feito sob medida para ela. Após diversas situações e conflitos, Ben finalmente cede e Cody e Faith ficam juntos no final da película.

O Cartão de Natal é uma obra muito bem acabada e interessante. Temos algumas situações clichê, porém nada compromete o andamento do filme. O casal principal funciona bem e o elenco está ótimo, com destaque para o já citado Edward Asner, muito engraçado ao encorajar o relacionamento entre o sargento e sua filha.

O ponto mais interessante desse filme é justamente o retrato do tal cartão do título. Foi através de um simples cartão natalino que Cody e Faith se uniram. Um cartão de natal pode mudar vidas, e essa mensagem é transmitida com muita clareza pelo diretor Stephen Bridgewater. Sem contar o fato de que eu não conhecia essa tradição de enviar cartões aos soldados que estão lutando fora do país; sem dúvida, uma atitude, no mínimo, inspiradora.

Nesse ponto, Bridgewater acerta em não ficar exaltando o exército. O filme é sobre Natal, e não propaganda das Forças Armadas. Se fosse um diretor inexperiente ou imbecil, teria criado uma espécie de Uma Carta de Amor encontra Fomos Heróis. Felizmente, esse não é o caso de O Cartão de Natal.

Em suma, O Cartão de Natal é uma obra muito legal, um romance singelo e natalino, bastante apropriado para essa época do ano. Assista com a sua namorada alguns dias antes; eu lhe garanto que ela irá gostar do filme.