sábado, 31 de outubro de 2009

Mais fan posters bastante bacanas para o novo Batman

Pois é pessoal, aqui vai mais uma fornada de fan posters para um próximo filme do Batman. Esses foram retirados do site Fanpop e Coming Soon Movies. São idéias muito bacanas desses artistas bastante caprichosos. Dê uma espiada:








































quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O que terá acontecido a Baby Jane?


É verdade que eu costumo comentar algumas “tranqueiras” aqui no blog (vide Cães Assassinos, Com as próprias mãos 3 e vários outros); nem sempre nós, amantes do cinema, conseguimos assistir a boas obras, que realmente valham a pena assistir. Quando nos deparamos com um filme como O que terá acontecido a Baby Jane? (What ever happened to Baby Jane? 1962), daí nos damos conta de como o cinema pode produzir obras excepcionais e inesquecíveis.

O enredo do filme acompanha as irmãs Hudson que vivem em Los Angeles. Jane (interpretada magistralmente por Bette Davis, que concorreu ao Oscar pelo papel) era uma arrogante e mimada atriz mirim que amarga uma carreira fracassada quando adulta ao contrário de sua irmã, Blanche (Joan Crawford, ótima), que quando jovem vivia na sombra de Baby Jane e agora se tornou uma famosa artista de cinema. O problema é que Blanche sofre um acidente que a deixa paralítica. Agora, sob os cuidados da doentia e obsessiva Jane, Blanche passa por todo tipo de tortura física e psicológica por parte da inveja e desgosto que Jane sente da sua carreira atual medíocre e da glória que ela um dia já teve.

Essa sinopse não faz jus à tensão que o filme causa em seu expectador. O diretor Robert Aldrich faz um ótimo trabalho, captando closes de câmera tensos e usando muito bem o cenário da mansão das Hudson; aqui, simples objetos tornam-se alvos de tensão e violência, como um telefone, um martelo e uma boneca. Outro destaque é a trilha sonora que amplia a sensação de desconforto que o filme passa.


Porém, nada se compara a interpretação de Bette Davis. Uma interpretação recheada de loucura e desespero, simplesmente sensacional. Pode ter certeza que você sentirá medo das barbaridades que Baby Jane faz com sua pobre irmã. Não é a toa que ela já foi eleita como uma das mais assustadoras vilãs de todos os tempos. Joan Crawford e Victor Buono também estão ótimos em seus respectivos papéis.


Um verdadeiro duelo entre duas divas do cinema e uma aula de suspense, O que terá acontecido a Baby Jane? é um clássico sem a menor dúvida. Um filme indispensável que irá mexer com seus nervos, nem que seja através de uma das cenas mais repugnantes que o cinema já produziu. Assista.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Trovão Tropical

O início de Trovão Tropical (Tropical Thunder, 2008) é memorável: são apresentados os trailers dos próximos filmes dos protagonistas Tugg Speedman (Ben Stiller), Jeff Portnoy (Jack Black) e Kirk Lazarus (Robert Downey Jr.). A partir daí, acompanhamos a jornada desses três artistas, mais um ator iniciante (Jay Baruchel) e um músico de hip hop (Brandon T. Jackson) nas filmagens de uma obra de guerra no Vietnã.

Escrito e dirigido por Bem Stiller, Trovão Tropical é um filme muito engraçado e, por incrível que pareça, toda graça do filme está nas mãos de dois coadjuvantes de peso: Downey Jr e Tom Cruise. Eles conseguiram manter o filme com menos besteirol e mais críticas mordazes e sutis. O personagem de Downey Jr, Kirk Lazarus, é a típica estrela excêntrica e afetada que Hollywood sabe produzir. Tom Cruise dá vida ao impagável produtor Les Grossman, um personagem grosseiro e sensacional. Arrisco dizer aqui que esse é o melhor papel de Tom Cruise desde Colateral (2004). Não é a toa que tanto Downey Jr quanto Cruise concorreram ao Globo de Ouro (Downey Jr recebeu ainda, uma merecida indicação ao Oscar).


Trovão Tropical é um filme divertido e engraçado, recheado de piadas e críticas mordazes sobre o pior lado de Hollywood. Cheio de referências, esse filme é um grande divertimento.

OBS – Segue abaixo os pôsteres dos falsos filmes dos protagonistas!




quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cães Assassinos


Hoje, para dar uma movimentada no blog, eu vou escrever a crítica de dois filmes em duas postagens. O primeiro que eu vou comentar é o sofrível Cães Assassinos (The Breed, 2006), produzido por Wes Craven. O filme conta a história de cinco amigos que vão para uma ilha deserta para se divertir. O problema é que essa ilha, que parecia ser desabitada, é povoada de cachorros agressivos que começam a atacar os jovens gratuitamente.
Cães assassinos peca em vários pontos: a história é horrível, o filme não assusta e não diverte, dá sono e, o pior de tudo, se leva a sério. Muitos filmes de horror se tornam verdadeiras bostas justamente por se levarem muito a sério. Em Cães Assassinos, temos algumas cenas muito idiotas em que não dá para segurar o riso.


Com um elenco morno e uma trama imbecil, Cães Assassino é um “filmeco” chato e bobo. O final tenta ser imprevisível, mas só consegue irritar mais. Nota 1 pela presença das beldades Michelle Rodriguez e Taryn Manning. Fique ligado para notar a presença do ator Hill Harper, da série CSI Miami, no papel de um dos jovens, o bobalhão da turma.

Por favor, não esqueçam de ver a crítica abaixo do muito superior Rottweiler. Valeu!

Rottweiler

A segunda crítica de hoje é sobre o filme Rottweiler (Idem, 2004) do aclamado diretor Brian Yuzna. Para quem não o conhece d e nome, Brian Yuzna é o diretor de alguns filmes de horror conhecidos como O Dentista, Faust: O Pesadelo Eterno, dois exemplares da série Re-Animator além de ter sido um dos fundadores da Fantastic Factory, uma companhia cinematográfica espanhola especializa nos gêneros horror, fantasia e Sci-Fi.

A Fantastic Factory produziu poucos filmes até agora, cerca de 8 filmes; dentre eles, temos títulos interessantes como O Sétimo Selo, A Maldição, Romasanta – A Casa da Besta e Rottweiler.


A história de Rottweiler é relativamente simples: um homem chamado Dante (William Miller) é preso. Ele consegue escapar, porém é perseguido por um guarda e um Rottweiler extremamente agressivo. O problema é que Dante está em busca de sua namorada Ula; ambos se perderam após a tentativa frustrada de entrar ilegalmente na Espanha que culminou na prisão do rapaz. Agora, Dante corre em busca de sua amada, sendo perseguido pelo cachorro do título.

Com essa sinopse em mãos, eu posso dizer que esse filme é um tanto quanto injustiçado. Na Internet, o pessoal detonou o filme. É verdade que em certas partes o roteiro força a barra (vide a cena em que Dante se encontra com a personagem de Paulina Gálvez). E várias cenas com efeitos especiais não funcionam. Apesar disso tudo, eu posso dizer que o filme me agradou. A maneira como a história foi contada me agradou bastante, principalmente a revelação do que ocorreu entre Dante e Ula.

Rottweiler falha demais e, provavelmente, esse é o seu maior defeito. O ritmo irregular do filme, as cenas em câmera lenta do cachorro, as referências óbvias a outros filmes como Blade Runner e Exterminador do Futuro e os já citados furos do roteiro prejudicam a diversão.

Uma coisa a favor do filme é a atuação interessante de William Miller que nos faz torcer pelo seu personagem Dante. Ele carrega o filme nas costas roubando a cena de atores como Jacinto Molina/ Paul Naschy.

Rottweiler é um filme interessante, mas com muitos defeitos. O resultado é, na maioria das vezes, decepcionante. Para aqueles menos exigentes ou amantes do sotaque mediterrâneo, Rottweiler pode até ser uma boa pedida.

sábado, 3 de outubro de 2009

Réquiem para um sonho

Para começar o mês de outubro com grande estilo vou comentar aqui uma verdadeira obra-prima que assisti recentemente. Trata-se de Réquiem para um sonho (Requiem for a Dream, 2000) do ótimo Darren Aronofsky.

Antes de qualquer coisa, Réquiem é uma espécie de prece ou música pelos mortos. Com essa definição em mãos, temos um título bastante sugestivo e paradoxal, que dá margem a milhares de interpretações que chegam sempre num ponto comum: para se chegar ao sonho, passamos pela morte.


O filme gira em torno de basicamente quatro pessoas: Sara Goldfarb (Ellen Burstyn, brilhante) é uma idosa que tem uma vida centrada na televisão. A única coisa que ela faz é assistir TV e conversar com suas outras amigas. Ela tem um filho viciado chamado Harry (Jared Leto, ótimo). Seu filho tem um amigo fiel (Marlon Wayans) e uma namorada (Jennifer Connelly), ambos também viciados. É no cotidiano sombrio desses personagens onde Aronofsky orquestra uma história de desespero, sofrimento e vício.

No filme, é interessante como Aronofsky trata todos os vícios da mesma forma. Não importa se é vício por drogas, remédios ou televisão: aqui, eles são tratados com vícios de fato, tudo é a mesma coisa só mudando a fonte.

Sobre os aspectos técnicos da obra, não podemos deixar de ressaltar a ótima direção de Darren Aronofsky (que esse ano tratou de fazer outra obra prima, O Lutador). A música Lux Aeterna é simplesmente sensacional, inserida na narrativa de tal forma que se encaixa perfeitamente com a atmosfera do filme. É um tema hipnotizante, assustador e opressivo. Simplesmente genial.


O desempenho do elenco é fantástico, mas quem realmente se destaca é Ellen Burstyn. É uma performance brilhante e inesquecível que merecia um Oscar (perdeu, INJUSTAMENTE, para Julia Roberts). A degradação da personagem de Ellen é assustadora e só uma atriz como ela poderia interpretar uma personagem tão difícil. Eu arrisco dizer que essa é uma das melhores performances de todos os tempos, ou talvez a melhor da década!


A maioria das cenas do filme vai grudar em sua cabeça, mas vale a pena ressaltar aqui os dez minutos finais do filme. É aqui que toda a genialidade de Aronofsky e do elenco afloram numa sequência de cenas impressionantes e aterrorizantes de fato. Ao som de Lux Aeterna o epílogo dos personagens é apresentado numa edição opressiva e aterrorizante. Uma verdadeira aula de edição e de cinema.


Enfim, Réquiem para um Sonho é um daqueles filmes que marcam a pessoa para sempre. Trata-se de um filme poderoso, conduzido por uma equipe sensacional e competente. Uma obra de arte.