terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Duro de Matar



Um clássico por excelência. Essa sentença define o que Duro de Matar (Die Hard, 1988) se tornou desde seu lançamento. O diretor John McTiernan criou um filme perfeito, que se tornou um marco no cinema de ação criando padrões que foram imitados exaustivamente por muitos filmes de ação que vieram depois.


A história é conhecida: um grupo de ladrões, liderados pelo astuto Hans Gruber (Alan Rickman), invadem o "Nakatomi Hotel" para roubar a fortuna que se encontra no interior do prédio. Eles invadem o edifício durante a festa de natal dos funcionários, seqüestrando-os enquanto orquestram o espetacular roubo.


O problema é que nessa festa está o policial John McClane (Bruce Willis), um homem durão e sarcástico que veio atrás de sua esposa (Bonnie Bedelia). O casamento dos dois está em crise e McClane vai com a intenção de uma reconciliação com Holly. Quando os bandidos iniciam o ataque, John escapa deles e começa a eliminá-los, um por um.



Sem a ajuda da polícia (com exceção do Sargento Al Powell, que acredita em McClane desde o início), John vai travar uma verdadeira guerra com o bando de Hans Gruber para salvar a sua esposa e, quem sabe, os reféns.


Antes de tudo, eu volto a dizer que Duro de Matar é um clássico. John McTiernam impõe um ritmo fantástico ao filme, com muitas cenas de ação marcantes; quem se esquece, por exemplo, da maravilhosa cena do telhado, quando McClane é confundido com um dos "terroristas"? Ou ainda o eletrizante clímax em que McClane encontra sua esposa nas mãos de Hans?



Outra contribuição de Duro de Matar para o cinema foi a inserção de personagens que depois se tornaram estereótipos em filmes de ação: temos o anti-herói que fala palavrão e descarta os vilões com crueldade e prazer; temos o policial traumatizado que enfim supera seus temores na hora de maior necessidade; o delegado de polícia que acha que tem a situação sobre controle; o vilão extremamente humano, não sendo apenas um poço de maldade.


E por falar em vilão, Alan Rickman brilha e quase rouba a cena de Bruce Willis durante a projeção. Hans Gruber é um vilão extremamente inteligente e audacioso. O embate entre McClane e Gruber é um dos melhores que Hollywood já produziu.


Essas características positivas surgem do roteiro maravilhoso de Jeb Stuart. Ele foi o responsável pelo não menos sensacional O Fugitivo, um dos melhores filmes da carreira de Harrison Ford. Em Duro de Matar, Stuart faz críticas interessantes aos jornalistas inconseqüentes e a policia, retratada aqui como um bando de imbecis. Sem contar os inesquecíveis bordões de McClane ("Yippee-ki-yay, motherfucker") que se tornaram referência na cultura pop.


O filme se passa no natal e, quando a produção acaba, a música "Let it Snow" do inesquecível Frank Sinatra embala o clima de natal eletrizante que o filme passa. Duro de Matar, aliás, é uma boa pedida para assistir com a família e se divertir pra caramba.


Duro de Matar é um filmaço de ação, muito respeitado por ser um verdadeiro padrão aos outros filmes do gênero. Merece ser visto e revisto pelo público, simplesmente por ser bom demais.

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