sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Meu Novo Blog

Caros Amigos

Essa é a última vez que eu posto no Cine Rock and Roll. Agora, eu escrevo no meu mais novo blog, o Midnight Drive-In (www.midnightdrivein.blogspot.com); por favor, passem por lá e deixem seus comentários.

Com o início de uma nova década eu inauguro esse novo endereço eletrônico, onde vocês continuaram a ver tudo aquilo que eu apresentei no Cine Rock and Roll e muito mais: Críticas de filmes, curiosidades, comentários sobre a sétima arte e entretenimento em geral. Um espaço para conversar sobre cinema de uma forma agradável e construtiva.

Gostaria de agradecer a todos vocês que comentaram aqui e me ajudaram a enriquecer o blog. Espero fazer um trabalho cada vez melhor no meu novo endereço.

E é isso aí. Valeu por tudo e visitem o Midnight Drive-In!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Fim da Maratona de Natal

Ok está na hora de terminar essa prazerosa, porém exaustiva, Maratona de Natal. Ao final dessa postagem, serão 25 críticas de filmes natalinos. Vocês perceberão algumas ausências, que poderão ser supridas, quem sabe, numa outra Maratona de Natal para o próximo ano. Meus amigos fiquem por aqui com as quatro ultimas críticas e tenham um excelente Natal.


Entrega Especial (Special Delivery, 2000)

Um filme feito especialmente para a televisão, produzido por uma subdivisão da Fox, Entrega Especial é um filme muito legalzinho. Trata-se de uma obra bastante familiar sobre um entregador de bebês (Andy Dick) que é bastante atrapalhado, mas acaba conquistando o coração de todos. Interessante que o filme não foi lançado em DVD nos EUA e, por aqui, até onde eu consegui achar, só passou na Sessão da Tarde, um tempinho atrás. É um bom filme, apesar dos muitos clichês.

Meu Pai é Noel 2 (Santa Clause 2, 2002)


Outra obra sem muitos atrativos, Meu Pai é Noel 2 é a continuação da passável comédia de 1994. Tim Allen empresta naturalidade ao seu personagem, mas o filme é muito fraco. A história é idêntica ao do superior Uma Namorada para Noel; Meu pai é Noel 2 não é totalmente execrável, mas possui falhas demais, principalmente de seu roteiro lotado de clichês. Vale assistir de vez em quando, para os menos exigentes.


Um Natal Muito, Muito Louco (Christmas with the Kranks, 2004)



Para mim, é inexplicável toda birra que se tem contra esse filme. Tim Allen e Jamie Lee Curtis são os Kranks, casal acostumado a fazer a festa de Natal da rua. Todavia, quando a filha deles resolve não passar o Natal em casa, eles decidem viajar e esquecer esse compromisso natalino. Porém, os vizinhos não deixarão o casal em paz. Comédia muito divertida, com ótimas sacadas e atuações no ponto. Apesar do ridículo título em português, assista sem receio essa obra, pois você irá se divertir. Melhor cena: a do coral natalino, sem sombra de dúvida.


Um Natal Brilhante (Deck the Halls, 2006)

Dois vizinhos começam a competir entre si para ver quem realiza a melhor decoração de Natal. Obra deplorável cometida pelo diretor John Whitesell, que desperdiça os talentos de Danny DeVito e Matthew Broderick. Dá para contar numa mão o número de cenas engraçadas. O roteiro é fraco, com uma liçãozinha de moral previsível e banal. Muito ruim mesmo.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Um Anjo Caiu do Céu

Definitivamente, durante essa Maratona de Natal do Cine Rock and Roll, o único filme que conseguiu me deixar emocionado (até agora) foi Um Anjo Caiu do Céu (The Bishop's Wife, 1947) – obra que poucas pessoas conhecem ou já assistiram por aqui.

David Niven é o bispo Henry, um homem empenhado em sua fé, que mal tem tempo para sua mulher Julia (Loretta Young) e sua filha Debby (Karolyn Grimes). Henry está ocupado, tentando angariar fundos para a construção de uma igreja, porém ele possui grandes divergências com a financiadora do projeto, a senhora Hamilton (Gladys Cooper).

Após um jantar conturbado com sua esposa, o bispo entra em seu escritório e reza, pedindo a Deus um norte à sua vida. Nesse momento, aparece Dudley (Cary Grant), personagem que aparece nas primeiras cenas do filme. Dudley afirma ser um anjo que irá ajudar Henry na construção da Igreja. Muito relutante Henry aceita a presença do anjo em sua vida.



É impressionante com Cary Grant está convincente em seu papel. Quando seu personagem está em cena, uma sensação de harmonia transpira da tela, atingindo os expectadores. Isso torna o filme ainda mais atraente e bacana de se assistir. Outras atuações interessantes são as de David Niven, perfeito interpretando o ocupado bispo, assim como Monty Woolley, que interpreta o adorável professor Wutheridge.


Um Anjo Caiu do Céu possui várias cenas magníficas, como a sucessão inicial de bondades que Dudley faz na rua, no inicio do filme; ou a maravilhosa cena da patinação; ou ainda a cena do coral, que me deixou extremamente tocado...


Diferente dos filmes natalinos atuais, Um Anjo Caiu do Céu traz uma história extremamente origina que remete ao espírito natalino de forma incisiva, mas não óbvia. Por exemplo: em Um Anjo Caiu do Céu não há personagens discutindo sobre o verdadeiro espírito de Natal, pois esse sentimento é representado pelas ações dos personagens e os diálogos entre eles; uma cena que exemplifica isso é quando o taxista Sylvester diz que Dudley e Julia não precisam pagar o táxi, pois os dois mostraram a ele que ainda existem humanos na Terra – uma fala extremamente simbólica e poderosa.


Além disso, ao contrário das obras óbvias que são lançadas atualmente, Um Anjo Caiu do Céu mostra um enredo original e envolvente. Depois de assistir o filme, dá vontade de ser uma pessoa diferente e relevante aos outros.

Um Anjo Caiu do Céu concorreu à cinco Oscar, incluindo o de Melhor Filme, todavia ganhou apenas o prêmio de Melhor Som. Interessante que, nesse ano, dois filmes natalinos concorreram ao Oscar de Melhor Filme: Um Anjo Caiu do Céu e Milagre na Rua 34!

Uma curiosidade interessantíssima da obra é que o filme começou a ser filmado por Willian A. Seiter. O produtor Samuel Goldwyn resolveu trocá-lo contratando Henry Koster, que refilmou tudo. O detalhe é que, de início, Cary Grant seria o bispo e David Niven seria o anjo. O novo diretor percebeu que eles estavam nos papéis errados, por isso os inverteu. Cary Grant não concordou muito com isso, mas enfim aceitou. Até hoje, Dudley é considerado uma das melhores interpretações de Grant.


Um clássico inestimável, Um anjo Caiu do Céu é um filme recomendado para a noite de Natal. Você vai rir e se emocionar assistindo a essa obra.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Santa Claus Conquers the Martians

Cara, não é a toa que esse filme é considerado um dos piores da história do cinema: Santa Claus Conquers the Martians de 1964 é uma ficção científica classe Z, trash ao extremo, que só pode ser uma espécie de entretenimento para quem gosta de assistir esse tipo de "bagaça" – o que é o meu caso.

A história é até criativa: as crianças em Marte estão muito tristes e distantes ultimamente. Os filhos de Kimar, o líder dos marcianos, também estão estranhos: dormem através de um aparelho e só assistem na televisão a programação terrestre (sim, eles possuem uma TV por assinatura sensacional para pegar os canais da Terra).


Kimar, perturbado com essa situação, vai consultar um sábio com mais de oitocentos anos chamado Cochem. Esse ancião explica à Kimar que as crianças marcianas não se divertem. Ele constata que a única solução é seqüestrar o Papai Noel para dar mais alegria à vida de todos os marcianos mirins.


Kimar resolve montar uma expedição para realizar esse rapto. Um dos marcianos, de nome Voldar, não aceita esse plano e deseja eliminar o Papai Noel a todo custo.


Só pela sinopse, já dá pra perceber o tipo de lixo que esse filme é. Atuações ridículas, cenários horríveis, figurino intragável e tom pastelão que predomina. Isso não é novidade para um filme que, desde o título, já nos mostra suas intenções de competir entre as piores obras já feitas na história da sétima arte.

Mesmo assim, a obra resiste até hoje como diversão trash. Até hoje, alguns boatos circulam sobre uma refilmagem (??) – aparentemente, até David Zucker teve seu nome envolvido na boataria. Até o pessoal da MTV fez uma paródia no impagável Tela Class!


Uma coisa interessante é que esses filmes de ficção científica da década de 50 e 60 representavam muito bem a época. Não se pode menosprezar esse tipo de cinema, que serve até como uma análise da sociedade na época em que foi realizado. Em Santa Claus Conquers the Martians, vemos em algumas cenas (por exemplo, quando os alienígenas chegam a Terra) toda a paranóia da Guerra Fria.

Se você teve curiosidade, assista Santa Claus Conquers the Martians e diga-me se é ou não é um dos piores filmes da história do cinema.

O Estranho Mundo de Jack


O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare before Christmas, 1993) é uma animação natalina diferente de qualquer outra que você já tenha visto. Trata-se de um filme natalino que envolve envenenamento, órgãos decepados e vários outros tópicos que você não encontraria numa obra sobre o Natal. Contudo, O Estranho Mundo de Jack é um filme muito único, que vale a pena ser visto.

O filme nos introduz na cidade do Halloween onde temos o carismático Jack (voz de Danny Elfman), uma caveira falante que conduz as festas de dia das bruxas, todos os anos. Jack sente-se um pouco infeliz e entediado, pois sua vida (ou seria morte?) se reduz a assustar as pessoas.


Durante uma caminhada, Jack entra involuntariamente na cidade do Natal e lá ele se encanta com tudo o que vê. Ele fica tão intrigado que ele resolve apresentar o Natal aos moradores da cidade do Halloween. Sua obsessão chega a tal ponto que ele resolve substituir o Papai Noel para realizar o Natal.


Jack não é mau. Ele se encantou com o Natal de tal forma que ele resolveu participar dessa festa a qualquer custo, sem levar em conta as conseqüências que seu ato pode desencadear.



Há também a personagem Sally, a mocinha da história que é apaixonada por Jack e tenta convencê-lo de esquecer essa idéia maluca. Mas Jack é obstinado e teimoso o suficiente pra não lhe dar os ouvidos.


O Estranho Mundo de Jack conta com a assinatura visual e o estilo gótico do produtor Tim Burton, que não pode dirigir a obra, pois estava envolvido com a continuação do Batman. Todavia, percebe-se a mão do diretor em toda a obra.


Essa animação foi realizada usando a técnica do Stop-Motion, que deu um visual único ao filme. Ela combina perfeitamente com a aura gótica da obra. O Estranho Mundo de Jack chegou a concorrer o Oscar de Melhores Efeitos Visuais, porém perdeu aos fantásticos dinossauros de Jurassic Park.


Um filme extremamente original e marcante, O Estranho Mundo de Jack é uma ótima animação, diferente de qualquer filme natalino que você tenha assistido.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Esqueceram de Mim

Para mim, Esqueceram de Mim (Home Alone, 1990) é o filme definitivo de Natal. Para quem não conhece a obra, aqui vai a sinopse: Kevin McCallister (Macaulay Culkin) é o filho mais novo da família McCallister e passa por todos os problemas que um filho mais novo possui em sua condição.


Os McCallister decidiram viajar para a França, porém, devido à correria e a falta de organização, a família esquece Kevin em casa. A situação fica pior, pois a dupla de ladrões Harry e Marv (Joe Pesci e Daniel Stern, respectivamente) resolvem roubar a casa de Kevin na véspera de Natal. Os dois ladrões sabem que Kevin está sozinho em casa e é apenas um garotinho. Os dois ladrões descobrem, da pior maneira possível, que o plano deles não irá dar certo.



Esqueceram de Mim é uma obra fantástica justamente pela sua premissa original e um elenco afiado. Joe Pesci está ótimo como o "esquentadinho" Harry e Daniel Stern também está na medida certa como o imbecil Marv. Todavia, o filme é carregado pelo astro mirim Macaulay Culkin, que rouba a cena como o encantador/malandro Kevin. Atualmente, Culkin permanece preso à imagem de astro mirim.


É notável que o roteiro do filme alie sentimentalidade com doses de humor negro. As armadilhas que Kevin monta são criativas e cruéis. Porém, os dois bandidos provam que merecem coisa pior. Nada mal para um filme natalino.


O diretor Chris Columbus (que não acerta na direção desde O Homem Bicentenário) conduz a obra muito bem. O filme tem uma edição ágil e ótima montagem. Uma cena que se destaca é o jantar em que Kevin arranja briga com seu irmão mais velho Buzz (Devin Ratray). Ali há uma verdadeira aula de coordenação de cena e atores. Tudo acontece na hora certa: a briga entre Kevin e Buzz, o pai de Kevin jogando a passagem dele fora (sem querer) e o fim da cena com toda família encarando o pobre Kevin.


Um destaque de Esqueceram de Mim é a sensacional trilha sonora, que enriquece a obra. Sem dúvida, é o filme natalino com a melhor seleção de músicas, incluindo a marcante música tema criado por John Willians.

Esqueceram de Mim é um filme maravilhoso, uma comédia engraçadíssima que eu revejo com minha família todos os Natais. Você irá se divertir, nem que seja através de um pouco de sadismo (rindo da desgraça dos bandidos).

Esqueceram de Mim 2

Em 1990, Esqueceram de Mim encheram os cofres da Fox, tornando-se um sucesso absoluto. Para a continuação, a máxima "Não se mexe em time que está ganhando" foi seguida e todos voltaram para o filme. O elenco cresceu com a adição de Tim Curry, Brenda Fricker e Rob Schneider (em início de carreira). O filme seria maior que o primeiro e o sucesso era garantido. De fato, Esqueceram de Mim 2 (Home Alone 2 – Lost in New York, 1992) foi um sucesso, mas não chegou perto dos mais de 500 milhões de dólares feito pelo antecessor em 1990.

A história da continuação é uma repaginação do primeiro filme com algumas sacadas a mais. Kevin se perde da família no aeroporto e, numa inacreditável seqüência de coincidências, Kevin acaba entrando no vôo errado e indo para A Grande Maçã (o apelido de Nova York, para quem não sabe). O jovem vai aproveitar suas férias até descobrir que Harry e Marv, os ladrões do primeiro filme, escaparam da prisão e planejam roubar o dinheiro de uma loja de brinquedos destinado a um hospital com crianças doentes. O pequeno McCallister irá, novamente, dar uma inesquecível lição aos dois.



Esqueceram de Mim 2 é uma ótima comédia, que não chega a ser melhor que o primeiro filme, mas permanece acima da média. Novamente, o elenco faz toda a diferença nesse filme. Macaulay Culkin continua ótimo, assim como o elenco secundário. Um destaque vai para Tim Curry como o desprezível funcionário do Plaza Hotel.


As armadilhas permanecem criativas, porém com um grau maior de maldade (impossível não gemer na cena dos tijolos). Chris Columbus consegue equilibrar muito bem a comédia com o sentimentalismo, dando ao filme ritmo e progressão. Não há uma cena que pareça estar deslocada na montagem final do filme.


Um excelente entretenimento para o Natal, Esqueceram de Mim 2 é uma comédia muito legal. As risadas são garantidas.