sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Fim da Maratona de Natal

Ok está na hora de terminar essa prazerosa, porém exaustiva, Maratona de Natal. Ao final dessa postagem, serão 25 críticas de filmes natalinos. Vocês perceberão algumas ausências, que poderão ser supridas, quem sabe, numa outra Maratona de Natal para o próximo ano. Meus amigos fiquem por aqui com as quatro ultimas críticas e tenham um excelente Natal.


Entrega Especial (Special Delivery, 2000)

Um filme feito especialmente para a televisão, produzido por uma subdivisão da Fox, Entrega Especial é um filme muito legalzinho. Trata-se de uma obra bastante familiar sobre um entregador de bebês (Andy Dick) que é bastante atrapalhado, mas acaba conquistando o coração de todos. Interessante que o filme não foi lançado em DVD nos EUA e, por aqui, até onde eu consegui achar, só passou na Sessão da Tarde, um tempinho atrás. É um bom filme, apesar dos muitos clichês.

Meu Pai é Noel 2 (Santa Clause 2, 2002)


Outra obra sem muitos atrativos, Meu Pai é Noel 2 é a continuação da passável comédia de 1994. Tim Allen empresta naturalidade ao seu personagem, mas o filme é muito fraco. A história é idêntica ao do superior Uma Namorada para Noel; Meu pai é Noel 2 não é totalmente execrável, mas possui falhas demais, principalmente de seu roteiro lotado de clichês. Vale assistir de vez em quando, para os menos exigentes.


Um Natal Muito, Muito Louco (Christmas with the Kranks, 2004)



Para mim, é inexplicável toda birra que se tem contra esse filme. Tim Allen e Jamie Lee Curtis são os Kranks, casal acostumado a fazer a festa de Natal da rua. Todavia, quando a filha deles resolve não passar o Natal em casa, eles decidem viajar e esquecer esse compromisso natalino. Porém, os vizinhos não deixarão o casal em paz. Comédia muito divertida, com ótimas sacadas e atuações no ponto. Apesar do ridículo título em português, assista sem receio essa obra, pois você irá se divertir. Melhor cena: a do coral natalino, sem sombra de dúvida.


Um Natal Brilhante (Deck the Halls, 2006)

Dois vizinhos começam a competir entre si para ver quem realiza a melhor decoração de Natal. Obra deplorável cometida pelo diretor John Whitesell, que desperdiça os talentos de Danny DeVito e Matthew Broderick. Dá para contar numa mão o número de cenas engraçadas. O roteiro é fraco, com uma liçãozinha de moral previsível e banal. Muito ruim mesmo.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Um Anjo Caiu do Céu

Definitivamente, durante essa Maratona de Natal do Cine Rock and Roll, o único filme que conseguiu me deixar emocionado (até agora) foi Um Anjo Caiu do Céu (The Bishop's Wife, 1947) – obra que poucas pessoas conhecem ou já assistiram por aqui.

David Niven é o bispo Henry, um homem empenhado em sua fé, que mal tem tempo para sua mulher Julia (Loretta Young) e sua filha Debby (Karolyn Grimes). Henry está ocupado, tentando angariar fundos para a construção de uma igreja, porém ele possui grandes divergências com a financiadora do projeto, a senhora Hamilton (Gladys Cooper).

Após um jantar conturbado com sua esposa, o bispo entra em seu escritório e reza, pedindo a Deus um norte à sua vida. Nesse momento, aparece Dudley (Cary Grant), personagem que aparece nas primeiras cenas do filme. Dudley afirma ser um anjo que irá ajudar Henry na construção da Igreja. Muito relutante Henry aceita a presença do anjo em sua vida.



É impressionante com Cary Grant está convincente em seu papel. Quando seu personagem está em cena, uma sensação de harmonia transpira da tela, atingindo os expectadores. Isso torna o filme ainda mais atraente e bacana de se assistir. Outras atuações interessantes são as de David Niven, perfeito interpretando o ocupado bispo, assim como Monty Woolley, que interpreta o adorável professor Wutheridge.


Um Anjo Caiu do Céu possui várias cenas magníficas, como a sucessão inicial de bondades que Dudley faz na rua, no inicio do filme; ou a maravilhosa cena da patinação; ou ainda a cena do coral, que me deixou extremamente tocado...


Diferente dos filmes natalinos atuais, Um Anjo Caiu do Céu traz uma história extremamente origina que remete ao espírito natalino de forma incisiva, mas não óbvia. Por exemplo: em Um Anjo Caiu do Céu não há personagens discutindo sobre o verdadeiro espírito de Natal, pois esse sentimento é representado pelas ações dos personagens e os diálogos entre eles; uma cena que exemplifica isso é quando o taxista Sylvester diz que Dudley e Julia não precisam pagar o táxi, pois os dois mostraram a ele que ainda existem humanos na Terra – uma fala extremamente simbólica e poderosa.


Além disso, ao contrário das obras óbvias que são lançadas atualmente, Um Anjo Caiu do Céu mostra um enredo original e envolvente. Depois de assistir o filme, dá vontade de ser uma pessoa diferente e relevante aos outros.

Um Anjo Caiu do Céu concorreu à cinco Oscar, incluindo o de Melhor Filme, todavia ganhou apenas o prêmio de Melhor Som. Interessante que, nesse ano, dois filmes natalinos concorreram ao Oscar de Melhor Filme: Um Anjo Caiu do Céu e Milagre na Rua 34!

Uma curiosidade interessantíssima da obra é que o filme começou a ser filmado por Willian A. Seiter. O produtor Samuel Goldwyn resolveu trocá-lo contratando Henry Koster, que refilmou tudo. O detalhe é que, de início, Cary Grant seria o bispo e David Niven seria o anjo. O novo diretor percebeu que eles estavam nos papéis errados, por isso os inverteu. Cary Grant não concordou muito com isso, mas enfim aceitou. Até hoje, Dudley é considerado uma das melhores interpretações de Grant.


Um clássico inestimável, Um anjo Caiu do Céu é um filme recomendado para a noite de Natal. Você vai rir e se emocionar assistindo a essa obra.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Santa Claus Conquers the Martians

Cara, não é a toa que esse filme é considerado um dos piores da história do cinema: Santa Claus Conquers the Martians de 1964 é uma ficção científica classe Z, trash ao extremo, que só pode ser uma espécie de entretenimento para quem gosta de assistir esse tipo de "bagaça" – o que é o meu caso.

A história é até criativa: as crianças em Marte estão muito tristes e distantes ultimamente. Os filhos de Kimar, o líder dos marcianos, também estão estranhos: dormem através de um aparelho e só assistem na televisão a programação terrestre (sim, eles possuem uma TV por assinatura sensacional para pegar os canais da Terra).


Kimar, perturbado com essa situação, vai consultar um sábio com mais de oitocentos anos chamado Cochem. Esse ancião explica à Kimar que as crianças marcianas não se divertem. Ele constata que a única solução é seqüestrar o Papai Noel para dar mais alegria à vida de todos os marcianos mirins.


Kimar resolve montar uma expedição para realizar esse rapto. Um dos marcianos, de nome Voldar, não aceita esse plano e deseja eliminar o Papai Noel a todo custo.


Só pela sinopse, já dá pra perceber o tipo de lixo que esse filme é. Atuações ridículas, cenários horríveis, figurino intragável e tom pastelão que predomina. Isso não é novidade para um filme que, desde o título, já nos mostra suas intenções de competir entre as piores obras já feitas na história da sétima arte.

Mesmo assim, a obra resiste até hoje como diversão trash. Até hoje, alguns boatos circulam sobre uma refilmagem (??) – aparentemente, até David Zucker teve seu nome envolvido na boataria. Até o pessoal da MTV fez uma paródia no impagável Tela Class!


Uma coisa interessante é que esses filmes de ficção científica da década de 50 e 60 representavam muito bem a época. Não se pode menosprezar esse tipo de cinema, que serve até como uma análise da sociedade na época em que foi realizado. Em Santa Claus Conquers the Martians, vemos em algumas cenas (por exemplo, quando os alienígenas chegam a Terra) toda a paranóia da Guerra Fria.

Se você teve curiosidade, assista Santa Claus Conquers the Martians e diga-me se é ou não é um dos piores filmes da história do cinema.

O Estranho Mundo de Jack


O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare before Christmas, 1993) é uma animação natalina diferente de qualquer outra que você já tenha visto. Trata-se de um filme natalino que envolve envenenamento, órgãos decepados e vários outros tópicos que você não encontraria numa obra sobre o Natal. Contudo, O Estranho Mundo de Jack é um filme muito único, que vale a pena ser visto.

O filme nos introduz na cidade do Halloween onde temos o carismático Jack (voz de Danny Elfman), uma caveira falante que conduz as festas de dia das bruxas, todos os anos. Jack sente-se um pouco infeliz e entediado, pois sua vida (ou seria morte?) se reduz a assustar as pessoas.


Durante uma caminhada, Jack entra involuntariamente na cidade do Natal e lá ele se encanta com tudo o que vê. Ele fica tão intrigado que ele resolve apresentar o Natal aos moradores da cidade do Halloween. Sua obsessão chega a tal ponto que ele resolve substituir o Papai Noel para realizar o Natal.


Jack não é mau. Ele se encantou com o Natal de tal forma que ele resolveu participar dessa festa a qualquer custo, sem levar em conta as conseqüências que seu ato pode desencadear.



Há também a personagem Sally, a mocinha da história que é apaixonada por Jack e tenta convencê-lo de esquecer essa idéia maluca. Mas Jack é obstinado e teimoso o suficiente pra não lhe dar os ouvidos.


O Estranho Mundo de Jack conta com a assinatura visual e o estilo gótico do produtor Tim Burton, que não pode dirigir a obra, pois estava envolvido com a continuação do Batman. Todavia, percebe-se a mão do diretor em toda a obra.


Essa animação foi realizada usando a técnica do Stop-Motion, que deu um visual único ao filme. Ela combina perfeitamente com a aura gótica da obra. O Estranho Mundo de Jack chegou a concorrer o Oscar de Melhores Efeitos Visuais, porém perdeu aos fantásticos dinossauros de Jurassic Park.


Um filme extremamente original e marcante, O Estranho Mundo de Jack é uma ótima animação, diferente de qualquer filme natalino que você tenha assistido.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Esqueceram de Mim

Para mim, Esqueceram de Mim (Home Alone, 1990) é o filme definitivo de Natal. Para quem não conhece a obra, aqui vai a sinopse: Kevin McCallister (Macaulay Culkin) é o filho mais novo da família McCallister e passa por todos os problemas que um filho mais novo possui em sua condição.


Os McCallister decidiram viajar para a França, porém, devido à correria e a falta de organização, a família esquece Kevin em casa. A situação fica pior, pois a dupla de ladrões Harry e Marv (Joe Pesci e Daniel Stern, respectivamente) resolvem roubar a casa de Kevin na véspera de Natal. Os dois ladrões sabem que Kevin está sozinho em casa e é apenas um garotinho. Os dois ladrões descobrem, da pior maneira possível, que o plano deles não irá dar certo.



Esqueceram de Mim é uma obra fantástica justamente pela sua premissa original e um elenco afiado. Joe Pesci está ótimo como o "esquentadinho" Harry e Daniel Stern também está na medida certa como o imbecil Marv. Todavia, o filme é carregado pelo astro mirim Macaulay Culkin, que rouba a cena como o encantador/malandro Kevin. Atualmente, Culkin permanece preso à imagem de astro mirim.


É notável que o roteiro do filme alie sentimentalidade com doses de humor negro. As armadilhas que Kevin monta são criativas e cruéis. Porém, os dois bandidos provam que merecem coisa pior. Nada mal para um filme natalino.


O diretor Chris Columbus (que não acerta na direção desde O Homem Bicentenário) conduz a obra muito bem. O filme tem uma edição ágil e ótima montagem. Uma cena que se destaca é o jantar em que Kevin arranja briga com seu irmão mais velho Buzz (Devin Ratray). Ali há uma verdadeira aula de coordenação de cena e atores. Tudo acontece na hora certa: a briga entre Kevin e Buzz, o pai de Kevin jogando a passagem dele fora (sem querer) e o fim da cena com toda família encarando o pobre Kevin.


Um destaque de Esqueceram de Mim é a sensacional trilha sonora, que enriquece a obra. Sem dúvida, é o filme natalino com a melhor seleção de músicas, incluindo a marcante música tema criado por John Willians.

Esqueceram de Mim é um filme maravilhoso, uma comédia engraçadíssima que eu revejo com minha família todos os Natais. Você irá se divertir, nem que seja através de um pouco de sadismo (rindo da desgraça dos bandidos).

Esqueceram de Mim 2

Em 1990, Esqueceram de Mim encheram os cofres da Fox, tornando-se um sucesso absoluto. Para a continuação, a máxima "Não se mexe em time que está ganhando" foi seguida e todos voltaram para o filme. O elenco cresceu com a adição de Tim Curry, Brenda Fricker e Rob Schneider (em início de carreira). O filme seria maior que o primeiro e o sucesso era garantido. De fato, Esqueceram de Mim 2 (Home Alone 2 – Lost in New York, 1992) foi um sucesso, mas não chegou perto dos mais de 500 milhões de dólares feito pelo antecessor em 1990.

A história da continuação é uma repaginação do primeiro filme com algumas sacadas a mais. Kevin se perde da família no aeroporto e, numa inacreditável seqüência de coincidências, Kevin acaba entrando no vôo errado e indo para A Grande Maçã (o apelido de Nova York, para quem não sabe). O jovem vai aproveitar suas férias até descobrir que Harry e Marv, os ladrões do primeiro filme, escaparam da prisão e planejam roubar o dinheiro de uma loja de brinquedos destinado a um hospital com crianças doentes. O pequeno McCallister irá, novamente, dar uma inesquecível lição aos dois.



Esqueceram de Mim 2 é uma ótima comédia, que não chega a ser melhor que o primeiro filme, mas permanece acima da média. Novamente, o elenco faz toda a diferença nesse filme. Macaulay Culkin continua ótimo, assim como o elenco secundário. Um destaque vai para Tim Curry como o desprezível funcionário do Plaza Hotel.


As armadilhas permanecem criativas, porém com um grau maior de maldade (impossível não gemer na cena dos tijolos). Chris Columbus consegue equilibrar muito bem a comédia com o sentimentalismo, dando ao filme ritmo e progressão. Não há uma cena que pareça estar deslocada na montagem final do filme.


Um excelente entretenimento para o Natal, Esqueceram de Mim 2 é uma comédia muito legal. As risadas são garantidas.

Esqueceram de Mim 3


Esqueceram de Mim 3 (Home Alone 3, 1997) é uma obra que é discriminada principalmente pelo nome que carrega. Afinal, esperava-se uma obra do calibre dos dois primeiros filmes com Macaulay Culkin. Se não fosse um produto da franquia, talvez Esqueceram de Mim 3 tivesse feito mais sucesso. Porém, o filme foi um fracasso, sepultando as chances de um improvável quarto filme (que, pasmem, foi realizado).


E olha que o filme não é tão ruim assim: Esqueceram de Mim 3 possui uma trama mais plausível que a dos dois primeiros filmes – Alex Pruitt (Alex Linz) está com catapora e sua mãe e seu pai, devido os seus respectivos trabalhos, acabam deixando Alex sozinho em casa.


No inicio do filme, um grupo de quatro ladrões estão transportando um chip que ameaça a segurança dos EUA. O problema é que eles escondem o chip num carrinho de controle remoto. A sacola onde está o carrinho é confundida e acaba indo parar nas mãos de Alex. É claro que os ladrões vão tentar encontrar a sacola custe o que custar. A única coisa que eles não levaram em conta é que Alex iria proteger o chip numa verdadeira fortaleza – sua casa recheada de armadilhas incrivelmente maldosas.


Esqueceram de Mim 3 conta com um elenco interessante (os quatro intérpretes dos ladrões estão bons), assim com o jovem Alex Linz, que não tem o carisma de Culkin, mas permanece convincente em seu papel.


Um divertimento interessante, que não chega ao pé de seus antecessores; vale a pena dar uma conferida e tirar suas próprias conclusões.

Esqueceram de Mim 4


Sem sombra de dúvida, Esqueceram de Mim 4 (Home Alone 4, 2002) é um dos piores filmes que eu já tive o desprazer de assistir. Nada funciona aqui: os atores estão horríveis, a edição parece ter sido feita Windows Movie Maker, a música é sofrível, a direção é frouxa, o roteiro é pífio e, para coroar a picaretagem, o filme conta com os personagens idealizados por John Hughes nos dois primeiros filmes.


Kevin McCallister (Mike Weinberg) está numa situação difícil: seus pais estão separados e ele deve escolher um deles para passar o Natal. Kevin escolhe seu pai (Jason Beghe) que vive numa mansão com sua namorada Natalie. O problema é que Marv (interpretado com uma canastrice sem tamanho de French Stewart) resolve seqüestrar um príncipe que irá se hospedar na casa de Natalie. Novamente, Kevin deverá defender a casa do bandido.


A roteirista Debra Stewart aproveitou os personagens criados por John Hughes e criou uma trama que se afunda num mar de clichês intermináveis. A trama é banal e desinteressante, sem um único personagem interessante – exceção feita ao mordomo interpretado por Erick Avari, que empresta um tom convincente ao personagem.


Nada se salva em Esqueceram de Mim 4: as armadilhas são podres, o humor canastrão predomina e o garoto Mike Weinberg é um dos atores mirins mais chatos da histórias. Esqueceram de Mim 4 possui momentos únicos: neste filme, é montada a árvore de Natal mais feia da história do cinema, numa cena que parece ter sido editada por uma criança feliz.

Uma curiosidade é que o papel de Marv foi oferecido ao intérprete original Daniel Stern, que recusou dizendo que aquilo era um insulto, um lixo completo. De fato, Stern mostrou que tomou uma decisão sábia, ao não participar dessa bomba completa.


Esqueceram de Mim 4 é um ótimo filme em apenas duas circunstâncias: para expulsar visitas indesejadas ou para destruir o seu Natal. No mais, se você não procura nenhuma dessa situações, esqueça desse Esqueceram de Mim 4.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Surpresas do Amor


Uma comédia que eu não esperava muita coisa e, ao final, acabei me surpreendendo. Surpresas do Amor (Four Christmases, 2008) é uma obra legal, com ótimas sacadas e ótimos atores.


Vince Vaughn e Reese Witherspoon interpretam Brad e Kate, um casal que já está junto há 3 anos e não possuem nenhuma obrigação um com o outro. Eles vivem juntos, mas não são casados e não possuem filhos.


Brad e Kate possuem uma espécie de filosofia de vida baseada na infância em comum que tiveram: ambos são filhos de pais que se divorciaram. Eles não querem ter filhos para que não se tornem a fonte de um possível sofrimento para as crianças. No início do filme, o casal passa a sensação de serem muito seguros quanto esse aspecto, porém vermos mais tarde que essa segurança é só fachada.



Ocorre que está na época de Natal e Brad e Kate odeiam passar o feriado com suas famílias (4 no total). Por esse motivo, Brad e Kate resolvem passar as férias no Fiji.


Todavia, o vôo é cancelado e eles acabam tendo que passar na casa de seus quatro familiares, devido a uma situação hilária que eu não vou revelar aqui. Durante essas visitas, Kate e Brad irão perceber que a vida atual que eles levam foi construída sobre uma falsa sensação de segurança.

Surpresas do Amor se torna um bom filme devido ao ótimo roteiro que equilibra situações engraçadas com alguns clichês. Outro aspecto positivo da obra são as interpretações ótimas de Vaughn e Witherspoon. Vaughn, aliás, está hilário em seu papel, dando uma naturalidade interessante nas cenas em que contracena com Witherspoon. O restante do elenco reúne estrelas do calibre de Robert Duvall, Sissy Spacek, Jon Voight, Jon Favreau e Mary Steenburgen. Uma curiosidade é que os quatro intérpretes dos pais de Kate e Brad já ganharam o Oscar.


Surpresas do Amor é um filme agradável e bacana. Com um desfecho criativo e uma história convincente, Surpresas do Amor é uma obra bem legalzinha.

O Natal de Charlie Brown

O célebre personagem de Charles Schulz, Charlie Brown, protagonizou um especial de Natal curtíssimo chamado O Natal de Charlie Brown (A Charlie Brown Christmas, 1965) uma animação curta e simples que encanta com uma mensagem profunda e relevante sobre o Espírito de Natal.


Charlie Brown se tornou um personagem marcante, justamente pela sua aura melancólica que o cerca. Charlie faz perguntas e reflexões interessantes sobre o seu cotidiano. Nesse filme, não é diferente: Charlie Brown está deprimido, pois acha que o Natal perdeu todo o seu significado e se tornou uma data comercial. Ele perceberá, através de seus amigos, que o Natal é muito mais do que presentes e reuniões familiares.



Interessante notar que O Natal de Charlie Brown é um filme de Natal diferenciado. A mensagem aqui não é sobre como a família é importante, ou como o Natal desperta o amor entre as pessoas; O Natal de Charlie Brown fala justamente do sincero significado do Natal, sem se tornar uma obra religiosa. Afinal, o espírito natalino sobrepõe-se a tudo, até mesmo a religião.


É por isso que esse filme é especial, justamente por sua mensagem. O Natal de Charlie Brown é uma obra sincera e tocante, com personagens que nós já conhecemos muito bem. Um ótimo filme.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Emmet Otter’s Jug-Band Christmas


Fantástico. Eis a palavra que define Emmet Otter's Jug-Band Christmas, desenho de 1977 idealizado por Jim Henson, o criador dos Muppets. A história dele foi adaptada de um livro infantil e realizada sob encomenda para a HBO em 1977. Sem dúvida nenhuma, essa obra é uma pérola que merece ser redescoberta urgentemente.


Acompanhamos a trajetória de Emmet e sua mãe, dois adoráveis personagens. Eles são pobres e trabalhadores – levam uma vida difícil. O pai de Emmet morreu e ele e sua mãe são muito unidos.



Na cidade onde eles moram, um concurso de talentos é aberto e ambos resolvem participar, pois são ótimos cantores. Só que eles fazem isso escondido um do outro. A mãe de Emmet quer ganhar o concurso para dar um violão à Emmet, enquanto Emmet quer ganhar o concurso para dar um piano à sua mãe.


Emmet forma uma Jug Band para tentar ganhar. As Jug Bands são muito populares nos Estados Unidos e caracterizam-se por apresentarem um tocador de Jug (eu não sei se há uma tradução para esse instrumento) que é uma espécie de instrumento de sopro. As Jug Bands eram formadas por pessoas tocando instrumentos feitos com objetos domiciliares como bacias de lavar roupa, colheres e o kazoo, que nada mais era do que folhas de papel! Algumas vezes, pegavam violões descartados e colocavam cordas artesanais pra produzir som. Tudo muito caseiro.


É interessante como o filme dá um aspecto charmoso a essas Jug Bands. O sul dos Estados Unidos foi retratado, na maioria dos filmes, como um lugar atrasado, com caipiras racistas e malucos. Essa visão sempre esteve associada a filmes como Mississipi em Chamas e O Massacre da Serra Elétrica (antigo, por favor) que mostraram a face mais obscura dos Estados Unidos sulista. Eu não estou desmerecendo as obras; apenas afirmo que elas focaram nos piores aspectos dessa parte dos EUA. Esses aspectos existiram e não devem ser esquecidos, porém nós só temos acesso à essa visão negativo do sul. Coisas boas vieram de lá e Emmet Otter's Jug-Band Christmas apresenta um aspecto fascinante e admirável dessa parte dos EUA.



Votando a história do filme, Emmet e sua mãe perdem o concurso para uma banda de roqueiros baderneira (O Pesadelo). Os dois ficam desolados, mas resolvem voltar para casa, junto com os amigos de Emmet. Quando eles estão saindo, resolvem juntar as canções resultando na belíssima "Closer/Brothers Medley". Um empresário, impressionado com esse desempenho, contrata-os e, ao final, todos saem felizes.


Emmet Otter Jug-Band Christmas é brilhante. Como não se apaixonar por uma história tão charmosa e bela. A irresistível mistura de música e conto fantástico torna-se um divertimento que passa uma sensação de conforto enquanto você a assiste. Não há palavras para descrever o quanto eu gostei desse atestado da genialidade de Jim Henson.


Sem falar sobre a excelente trilha sonora do premiado Paul Willians. Impossível não se apaixonar por canções com "When the River", "Brothers", "Closer now than Ever Before" e a fantástica união dessas duas últimas canções. Jerry Nelson e Marilyn Sokol dão um show dublando e cantando como os personagens principais. Os dois possuem lindas vozes.


Como curiosidade, um nome de destaque no elenco é o de Frank Oz, que sempre trabalhou bem com marionetes (vide seu marcante papel como o mestre Yoda).


Esse desenho é muito bom. Procure assistir se você gosta de uma boa animação ou de um ótimo musical ou ainda de um excelente filme. Eu achei Emmet Otter's Jug Band Christmas um filme maravilhoso. Abaixo eu listo o nome das músicas que compõem o filme:



01 – Instrumental Theme

02 – Intro

03 – Barbecue

04 – Intro 2

05 – The Bathing suit she wore

06 – Hole in the Washtub

07 – Yancey Woodchuck's Barbeque

08 – Brothers

09 – Riverbottom Nightmare Band

10 – Intro 3

11 – When the Mountains

12 – Closer now than Ever Before

13 – Closer/Brothers Medley

14 – When the Mountains pt.2

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Luz da Cidade

O Natal sempre foi reconhecido como uma época mágica; um período onde as pessoas mudam e etc. Muitos podem achar que isso é apenas um jargão, porém essa tese (de que as pessoas mudam no Natal) é confirmada no ótimo A Luz da Cidade (Thomas Kinkade's Home for Christmas, 2008) um ótimo drama baseado em uma história real.

O protagonista do filme é Thomas Kinkade (interpretado por Jared Padalecki), um estudante de artes que volta para sua cidade natal junto com seu irmão durante as férias de Natal. Lá eles descobrem que sua mãe (Marcia Gay Harden) está prestes a perder sua casa. Os dois irmãos resolvem arranjar empregos temporários para pagar as dívidas da mãe.


Thomas visita seu mentor, o temperamental Glen (Peter O'Toole, numa atuação fantástica) que está muito próximo da morte. Glen perdeu a vontade de viver após a morte de sua amada Nicole.


Percebe-se que a vida de Thomas não está nada fácil, porém é Natal e alguns milagres irão acontecer para dar equilíbrio à vida da família Kinkade.


A Luz da Cidade é um ótimo filme, muito tocante principalmente devido às ótimas interpretações da trinca principal de atores. O jovem ator Jared Padalecki deve investir mais nos dramas, pois aqui ele está ótimo com algumas cenas difíceis. Imaginem vocês que numa cena ele consegue se equiparar em emoção ao sempre eficiente O'Toole, algo que, convenhamos, não é fácil.


A atmosfera de cidadezinha do interior com uma comunidade unida é passada com eficiência pelo diretor Michael Campus. A obra, aliás, foi filmada em Vancouver.


O filme pode ser um pouco lento em seu andamento, porém isso não o torna ruim ou arrastado. É uma obra comovente e muito bonita sobre o Natal e o que ele desperta nas pessoas. A Luz da Cidade é um ótimo filme, apesar de ser muito dramático.