domingo, 1 de novembro de 2009

XXY


XXY (idem, 2007) é um filme argentino sobre o drama de uma pessoa com essa condição genética (conhecida como Síndrome de Klinefelter). A diretora Lúcia Puenzo faz um trabalho interessante na direção, mostrando o suficiente para fazer o expectador se chocar e refletir ao mesmo tempo sobre a complicada vida de Alex (corajosa interpretação de Inés Efron).



O filme não repousa todas as atenções sobre Alex apenas. Temos também o drama dos pais dela(e) e o sofrimento do jovem Alvaro que sente uma atração por Alex. Alvaro, um típico filho renegado pelo pai, sente-se confuso por não saber se gosta de homens ou mulheres. Uma cena excepcional que ilustra esse fato é a conversa na praia entre Alvaro e seu pai.


Com um bom elenco e uma história intrigante, a diretora Lúcia Puenzo fez uma obra reflexiva que peca apenas por não ter uma conclusão (o que seria, francamente, um desafio). Cenas fortes e impressionantes são capturadas com sobriedade, sem atropelar o expectador.

XXY é uma obra que se torna um verdadeiro convite para a reflexão sobre os indivíduos vítimas da Síndrome de Klinefelter. Sem dúvida, vale a pena assistir.

5 comentários:

  1. Essa crítica não faz justiça ao filme que XXY é...

    A descrição da história foi praticamente inexistente, e se o foco da crítica deveria ser a parte técnica, é de se surpreender que em nenhum momento tenha sido citado que XXY tem 20 prêmios e 9 indicações.


    O trabalho de Lúcia Puenzo é muito mais que interessante! A diretora não explorou visualmente as características mais evidentes do hemafroditismo de Alex, (como outros filmes do gênero) e ainda assim criou cenas chocantes, dificeis de esquecer e a respeito das quais é absolutamente impossível não parar para refletir.

    Além disso, é interessante o modo como o filme dá voz a diversos pontos de vista: por exemplo o dos pais de Alex que optaram por não fazer uma operação e permitir que a garota escolhesse o próprio sexo ou dos cirurgiões que acreditavam que uma decisão devia ser tomada.

    A cena mais explícita do filme é o climax, o encontro entre os jovens Alex e Alvaro. Ela um garoto, ele uma garota. Simples assim. Confuso assim. Real assim.

    Mais uma observação que faço a respeito de um erro conceitual médico nessa crítica: Embora o nome do filme seja XXY a personagem NÃO tem Klinefelter. (de fato, em nenhum momento o filme faz-se referencia à sindrome por seu nome.)

    A síndrome de Klinefelter é um tipo de pseudo-hemafroditismo. Os seus portadores são HOMENS, com apenas órgão sexual masculino. Em geral eles não são diagnosticados até a adolescência, quando procuram médicos ou por crescimento de seios ou por testículos subdesenvolvidos. Obviamente não é o caso de Alex, que têm ambos os órgãos sexuais, foi criada como menina (à base de corticóides) e foi diagnosticada desde o nascimento. Sua condição, o hemafroditismo de fato, é bem mais rara.

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  2. Uma verdadeira aula de medicina, este comentário. mas, se fosse para ter aula de medicina, eu me matriculava numa faculdade.

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  3. Mas falando sério, não gosto deste tipo de filme.
    Cinema foi feito para sonharmos e não para sofrermos.
    Eventuais dúvidas existenciais deveriam ser resolvidas com uma boa sessão de análise.
    Vide o caso da diretora deste filme.

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  4. Estou sentindo falta de mais análises sobre ficção científica....e o Distrino N. 9?....E Cloverfield???????

    XXY é chato demais????

    Klinefelter é homem....pseudo hermafrodita....e daí????


    Blá, blá, blá......

    Mais filmes de ficção!!!!!

    Cinema é divertimento...não sofrimento!

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  5. Estou iniciando neste Blog uma campanha pelas trilhas sonoras....
    Gostaria de ver posts sobre trilhas sonoras....pode ser?

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